1 de novembro de 2007

Fiéis? E que fiéis!

Chamem-me exagerado. Eu aceito humildemente porque provavelmente é que eu sou, mas tenho razões para agir assim.
Perfume e pétalas para todos, quer sejam flores quer sejam pessoas, o que interessa é que seja tudo caro e que patenteie o máximo de fidelidade e de devoção. É assim que gosto de ver as pessoas, apinhadas, nos cemitérios! Um dia em que só se ouviam ciciar orações fervorosas, em que toda a gente vestia de saudade e pesar transforma-se, quase que por magia (e que magia!) em mais um evento social onde se criam novos boatos e onde a ordem de trabalho é falar de tudo menos dos que, de olhos fechados e a federem, repousam no silêncio telúrico.
Gosto de pensar que, em vernáculo, todos eles não passam de exibicionistas!

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