23 de outubro de 2007

Hoje, dia sem sol

Hoje o tempo parou. Só o relógio marcou inexoravelmente o tempo. Mas o tempo não passa só porque os ponteiros se mexem. O tempo tem vontade própria que transcende os ponteiros e os mecanismos do relógio. E por isso digo que hoje o tempo parou. Hoje ficou melancolicamente deitado nas nuvens vespertinas, como que cansado, como que espantado a olhar para nós. Continuamos a nossa vida, mesmo com ele parado, mesmo com ele a dar-nos um momento de descanso. Hoje pareceu-me tudo sem sentido; tudo se movia como peixes que nadam sem mar. O tempo não estava lá...
Foi esquisito, mas hoje, dia sem sol, o tempo parou!

2 comentários:

Anónimo disse...

E não será o tempo apenas uma 'ilusão teimosamente persistente'?

Beijinho.

Anónimo disse...

O tempo reduz tudo a nada,
o mesmo tempo que uns anseiam
e outros odeiam,
a unica coisa com que podemos certamente contar hoje e amanha.