15 de junho de 2007

Tertúlia Cor-de-Rosa

Tenho tido algum tempo da parte da manhã e quando não faço outras coisas vejo televisão. Hoje passei pelo Programa da Fátima, na SIC, no preciso momento em que Cláudio Ramos, Maya, Daniel Nascimento e outra sujeita davam corpo a uma rubrica intitulada "Tertúlia Cor-de-Rosa" que tem como principal objectivo trazer até aos telespectadores as notícias mais "importantes" da imprensa cor-de-rosa. Pela descrição que fiz não se vê nenhum mal em toda aquela, se me permitem, palhaçada, no entanto tenho a dizer ainda mais qualquer coisa.
Primeiro: os "tertulianos", como são chamados os intervenientes na rubrica, criticam duramente determinadas figuras de acordo com um critério um pouco suspeito: se não gostam de fulano transmitem ao público a pior e mais horrenda imagem dele. Tendo em conta que a rubrica em questão é, para todos os efeitos, informativa, devia, acima de tudo, prezar pela imparcialidade.
Segundo: é feito um acompanhamento escrupulosamente completo da vida das figuras que passeiam pelo quotidiano social português. Nestes acompanhamentos incluem-se previsões (acho que nesse aspecto a Maya influenciou os colegas), possíveis justificações de determinados acontecimentos, onde os "tertulianos" procuram explicar porque é que determinadas individualidades agem daquele modo, enfim, uma quantidade abusiva de conversa sem conteúdo.
Terceiro, e em jeito de conclusão, aquilo não é nada mais nada menos que uma "brincadeira de amigos", bastante útil para quem faz e para quem conhece aqueles que fazem. Quem faz é promovido e quem conhece aqueles que fazem pode sempre ser defendido, caso o seu nome saia à praça.


Embora seja degradante, parece que muita gente gosta: "Conversas de Quintal" é a rubrica do "Você na TV" que apenas não digo que foi passada a papel químico da "Tertúlia Cor-de-Rosa" porque não tem gente famosa a discutir os “rosados factos”.

E assim vivemos...

1 comentário:

Anónimo disse...

Começando pelo fim, devo-te informar que as "Conversas de Quintal" são elaboradas por gente famosa, nomeadamente a Cinha Jardim e a Lili Caneças.

Feito este aparte, devo-te dizer que as televisões portuguesas não fazem nada mais que obdecer a vontade do seu público...Experimentaram este formato no interior dos programas da manhã, cujo público maioritário são senhoras de meia idade e domésticas, que pura e simplesmente se deliciam ao saber acerca da vida de famosos, vida essa que nos seus sonhos ambicionam, e que veem a sua concretização atraves deste tipo de programas...

Obviamente as televisões tem grande responsabilidade acerca da passagem de "lixo televisivo" como este...mas como sabemos, e como quase tudo na vida, os interesses económicos prevalecem sobre qualquer outro valor moral...deste facto advem que, para ocorrer a extinção de tempo televisivo com este tipo de rubricas, há necessidade de um boicote por parte do público à audiência de tais rubricas
só assim os interesses económicos serão afectados e as televisoes se verão na obrigaçao de alterar o conteudo que emitem...
nos como jovens, temos de incentivar as pessoas que nos rodeiam (sobretudo as mais velhas) a abolirem a vizualização de tais programas...

Beijito ;)