20 de junho de 2007

Coisas que te fazem rir

Ontem ou anteontem vi o Curto Circuito. E quem pensa que o vou criticar que se desiluda porque decididamente não o vou fazer! O que aconteceu foi que o tema era o mesmo do título: "Coisas que te fazem rir" e houve um espertalhão que enviou para lá uma SMS, que passou em rodapé, que dizia que o que o fazia rir era o Governo e o Alvim. O Alvim percebe-se, ele é bem engraçado, um pouco apalhaçado às vezes, mas muito engraçado, agora, o Governo?! Esta referência ao Governo como "fonte" de piada reportou-me para os lamentáveis comentários que muita gente, a maioria, faz à forma como o executivo trabalha. De facto, e avisem-me se eu estiver errado, as pessoas só sabem reclamar, dizer que o Sócrates é este e aquele, que é um palhaço e que é outras coisas mais embaraçantes; passam a vida a acusar o governo de esbanjar e de explorar o "Zé Povinho", até fizeram aquela cena deplorável nas comemorações do 10 de Junho. Mas o importante é saber o porquê destas críticas tão acutilantes à governação.
Numa primeira abordagem, podemos pensar na crise que o país atravessa, no decrescente poder de compra dos cidadãos, nos avultados cortes de pessoal na função pública, no excesso de burocracia dos serviços, nas deficiências desses mesmos serviços, etc, etc. Tudo isto são óptimas razões para encher a principal figura do Governo com nomes, mas depois de pensarmos um bocado, apercebemo-nos de que não é só por causa disso, na maioria das vezes acredito que nem pensam nisso, que as pessoas criticam o Governo: muitas vezes, e na tentativa de fugirem a uma explicação que os coloque no centro do seu próprio fracasso, alguns acusam o Governo, mudando as culpas de direcção e para se sentirem menos fracassados, menos desajeitados, menos incompetentes, menos malandros; outras vezes criticam porque fica bonito, porque os faz parecer intelectuais e bem informados, e nestes casos raramente sabem o que se passa em S. Bento; outras vezes a crítica nasce de uma simbiose entre as razões anteriores. O importante nisto tudo não é acusar as pessoas, como pensam que eu estou agora a fazer, mas sim demonstrar o quão ridículos somos quando criticamos, neste caso concreto, o Governo. Porque, e agora falo com certeza, todos aqueles que criticam desmesuradamente o Governo não saberiam para onde se virar se tivessem a seu cargo tão grande responsabilidade, e quando as críticas partem de pessoas assim, pessoas que desconhecem completamente o assunto, ainda se tornam mais lamentáveis.

Não estou a defender o Governo, aliás, detesto falar disto, não percebo nada, e era isto que as pessoas como eu deviam fazer, não criticar, falar ou julgar alguma coisa à cerca da qual não percebem nada. Mas desde sempre ouvi dizer que "Só fala quem tem que se lhe diga".
Para terminar, não estou a acusar todos os críticos do Governo, gosto bastante de ouvir aqueles que trazem argumentos plausíveis e instrutivos, agora aqueles que só sabem dizer que o Sócrates é um palhaço porque é e que anda sempre a viajar, desprezo.

E assim vivemos...

Em jeito de revista cor-de-rosa, este post traz um brinde: uma mudança de visual do blog. Espero que desta maneira vos seja menos doloroso olhar para ele : )

1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente existem coisas que fazem rir tal como essa, ignorância, essa que poderá descender de um falta de interesse e formação cívica por parte de um grande número de pessoas. O que as pessoas ainda não conseguiram atingir é que o Governo ,enquanto representante elegido por voto singular e secreto dos cidadãos portugueses de Estado, e portanto tem como único fim o bom funcionamento do mesmo, mas as pessoas não se apercebem disso, não se apercebem que antes do bom tempo vem a tempestade, e a tempestade já passou, apesar de termos um dos poderes de compra mais baixos da União Europeia, por comparação com o resto do Mundo somos uns "sortudos", aliás ja há uns bons pares de anos que não tinhamos um governo tão dicidido e tão reformista. È claro que não pode agradar a gregos e a troianos, porém penso que ao fim de cerca de 2 anos de gorverno temos de fazer um balanço positivo, pois uma das principais metas foi atingida, a redução do défice, abaixo dos 3%.
Na parte que me toca, também tenho algumas criticas para fazer ao governo, mas faço as mesmas com argumentos não com "desconversas", pois acho que devíamos investir naquilo que é realmente útil pa o momento, ou seja criar mais postos de trabalho, e pensar no futuro, ou seja a Educação.
Aliás para quem gosta tanto de criticar o governo que analise o "Programa do XVII Governo Constitucional" que é uma estratégoa de crescimento para a próxima década, que se encontra no Portal do Governo.
Abraço Zuto.