15 de agosto de 2009

não sei nada de nada

há qualquer coisa de emocionante na vida que a pasmaceira do quotidiano nos tira.
a incerteza do que se vai passar no momento seguinte, a imprevisibilidade constante desaparecem quando repetimos rituais diariamente.
é quase como quando estamos muito tempo a olhar para a mesma coisa: acabamos por não esperar nada de novo dela.
a questão é que o quotidiano mascara a vida, dá-lhe um aspecto estático, fixo, quase-imutável: aborrecido.
mas a vida não é isso: é descoberta constante, mutação perpétua!
a vida é poder dizer que não sabemos o que vamos ser ou que não sabemos o que vamos querer.

a vida não é rígida, não é rigorosa ou axiomática: é um pedaço de barro constantemente húmido, pronto a ser remoldado.

e não há fatalismos, não há destinos ou coisas parecidas: há pessoas, há relações, há sentimentos: há um jogo sem regras para ser jogado.

o mundo é enorme, há imensas pessoas, há muitas oportunidades e há sobretudo medo!
tome-se o mundo como a casa dos vivos; ganhe-se coragem e viva-se!
a tendência para criar raízes é muitas vezes a responsável pela infelicidade: sente-se que encontramos o nosso lugar; sente-se que aquele é o único sítio para nós...
mas o nosso sítio é o mundo e o mundo esconde tanta coisa! Ora boa, ora má, mas tudo isso faz parte do jogo!

1 comentário:

Joana disse...

acho q já vês a vida de uma outra forma.
ela chama-nos, a cada momento, é preciso é sair do sofá e correr.

beijinhos