Velhos perdidos,
Vertidos de preto,
Esquecidos no bafio dos locais de culto.
São todos ignorados
Aos grupos nas bermas da estrada.
Na estrada o desfile continua:
Quem tem o melhor carro,
Quem tem o melhor namorado
Ou a mais bela companheira.
O mundo é isto, infelizmente tão pouco!
É fedorenta tanta perversidade,
Tanta falta de bondade e consciência.
A vida é mais do que eles a fazem,
A vida é mais olhar do que mostrar:
Contudo, hoje só se mostra, não se olha
E os velhos continuam perdidos,
Impregnados do bafio das sacristias,
À sombra na berma da estrada
A olhar, miseráveis, os que passam
E usam a vida só para mostrar
Nunca parando para os olhar.
Ser velho e ser criança são dois estados de grande impotência: no entanto ser criança tem vantagens sobre a velhice. É giro segurar no colo coisas fofas: faz parte da toillet...
11 de novembro de 2007
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