Embora atrasado, lá chegou a correr, com vento frio e paisagens de um calor inefável. Eu perdi-me a olhar.
As chaminés derramam fumo,
Entregando-o cuidadosamente ao vento,
Esse caprichoso e pertinaz atrevido.
E ele esvoaça, poucos metros apenas,
Até desaparecer para um lugar que com olhos não é sentido.
É curioso como ele desaparece,
Nunca no mesmo sítio,
Nunca da mesma forma.
Parece que o Outono é uma chaminé
Uma chaminé diferente.
Quando o vento vem, ele liberta,
Copiosamente, o seu fumo sentimental,
E ele envolve-vos, invisivelmente,
Pois só os que enxergam a chaminé
Podem ver, momentaneamente, aquela massa espectral.
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