Fechem-se as ruas.
Fechem-se as casas.
cale-se o leve rumor da passagem.
"Estatifique-se" o momento
E deixem-me no meio do nada.
O corpo que se sente ao de leve no silêncio,
No vazio dos ouvidos
E que encha, a cântaros, os olhos adormecidos,
Os olhos inchados de secura óptica,
Sedentos da verdade do mundo,
Cansados da verdade dos Homens.
Dai-me solidão. Dai-me paz.
(Aqui parado sinto o mundo a pulsar.
Sinto-o com a certeza de ser eu também.
Sinto-o com a certeza de quem sente
Aquilo que é seu.
Porque o mundo aqui, neste momento parado,
Neste momento hipnotizado pela minha vontade de silêncio,
Sou eu e o que os olhos me trazem.)
05/09/08
28 de julho de 2009
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