24 de março de 2006

Famosa Casa da Misericórdia

A Santa Casa da Misericórdia foi criada com a intuito de ajudar os que mais precisam: pobres, sem abrigo, crianças orfãs, velhinhos... No seguimento de tudo isto, e como toda a gente precisa de ajuda, houve alguém que, a meu ver, disfarçou com o nome de Televisão Independente (TVI) uma instituição que de nada tem a ver com teledifusão, mas sim com ajuda a famosos "carênciados".
Se pensarmos bem, desde o grande sucesso do alentejano Zé Maria a tratar de galinhas e a conviver com mais 8 ou 9 sujeitos filmados 24 sobre 24 horas, que a TVI não parou de apostar em reality-shows. Primeiro presou o anonimato, dando oportunidade a gente normal de se achar famosa, depois achou que os famosos andavam a viver muito de aparências e decidiu dar-lhes até 5.000 € por semana sob a condição de eles andarem enfiados numa quinta a fazer figuras para divertir "os portugueses"... Depois disto seguiu-se a original ideia de colocar famosos numa situação militar, e pagar-lhes talvez melhor do que o Estado paga a um militar a sério. Agora, e quando toda a gente (menos os que lêem a TV Guia, a Maria, a Mariana, a Ana, e outras revistas com nomes de mulheres) pensava que a TVI ia finalmente retirar as telenovelas do horário nobre para apostar num tipo de programa decente, vem esta bomba do "Circo das Celebridades". Outro ponto que gostava de salientar é o facto desses programas com celebridades, apresentarem "não-celebridades", se me permitem o termo. É normal, uma celebridade a sério (há poucas em Portugal) nunca faria figuras daquelas e para remediar, a TVI oferece algum dinheiro a um quase semi-célebre para ir umas semanas experimentar a profissão de actor.
Talvez a única coisa acertada neste novo programa seja o nome... O circo das celebridades. Este nome deveria ter sido usado já há muito tempo, é que tem sido sempre um circo. O circo das celebridades... Melhor nome não podiam arranjar...

"TVI, a estação favorita dos portugueses" - dizem os senhores da TVI
Ou a TVI mente ao dizer isto, ou então o país está mesmo perdido...

E assim vivemos... (com muito pouca televisão nacional de jeito...)

Abraço